Batalhão sem Estrutura
Em uma operação especial realizada na segunda quinzena de setembro em municípios da regiãao norte, entre os quais Campo Novo do Parecis, Jjuara, Juína e Brasnorte, os policiais aplicaram 301 multas e apreenderam os documentos de 18 veículos.
Em uma operação especial realizada na segunda quinzena de setembro em municípios da regiãao norte, entre os quais Campo Novo do Parecis, Jjuara, Juína e Brasnorte, os policiais aplicaram 301 multas e apreenderam os documentos de 18 veículos.
Reativado formalmente há cinco meses, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar continua operando precariamente, com apenas 50 policiais, dos quais somente 39 vão às ruas, e sem caminhão-guincho para o transporte dos veículos apreendidos nas blitz e atividades cotidianas.
Criado na década de 80, o BPTran operou por 20 anos e chegou a ter mais de 250 policiais em seus quadros. Desativado em 2007, juntamente com outras unidades de policiamento especializado como Batalhão Ambiental e Rotam (Ronda Ostensiva Tático Metropolitana), a unidade de trânsito se restringiu a um núcleo dentro do Comando Regional I (CR-I).
Recriado este ano, dentro do Plano Estadual de Ações de Segurança (PAS), as poucas operações desenvolvidas, respeitando as limitações de infraeestrutura e efetivo, foram suficientes para mostrar que o fechamento do Batalhão foi um erro.
Em uma operação especial realizada na segunda quinzena de setembro em municípios da região norte, entre os quais Campo Novo do Parecis, Juara, Juína e Brasnorte, os policiais aplicaram 301 multas e apreenderam os documentos de 18 veículos. O comandante do BPTran, tenente-coronel Wilson Batista, informou que os carros não foram recolhidos por falta de caminhão-guincho para transportá-los até uma Ciretran, unidade de trânsito vinculada ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Pela legislação, explicou ele, quando não há como transportar os carros, apreende-se a documentação como forma de fazer com que o proprietário do veículo procure o órgão de trânsito. O comandante adiantou que o guincho está em fase de aquisição. Essa operação se constituiu na primeira ação do recém-criado Policiamento Volante de Patrulhamento Rodoviário, um modelo de fiscalização instituído como forma de tentar compensar a total ausência no interior do Estado.
O comandante Wilson Batista reforçou informando que desde a reativação do Batalhão houve um aumento de mais de 500 no número multa aplicadas e veículos apreendidos, além do trabalho de prevenção e educação para o trânsito. Atualmente, as únicas rodovias estaduais beneficiadas com postos fixos de policiamento de trânsito são as que dão acesso aos municípios de Chapada dos Guimarães, Santo Antônio de Leverger e Acorizal (MTs 251, 040 e 010).
A área urbana, que também deveria ser atendida, a exemplo do que aconteceu durante a longa existência do antigo Batalhão, continua desguarnecida. O policiamento na cidade só deve acontecer a partir de 2011, com o ingresso de mais homens. A previsão é de que alguns dos novos policiais aprovados no concurso público do Estado sejam designados para o trânsito. Até 2014, para a Copa de Futebol, Mato Grosso deve ter 500 policiais militares atuando no trânsito. Antes disso, dentro de 40 dias, o Batalhão deverá fixar seu comando na sede do Departamento de Trânsito (Detran), no Centro Político Administrativo (CPA).
O tenente-coronel Wilson Batista evitou críticas sobre a extinção do Batalhão, apenas disse que “naquela época os gestores vislumbraram outra estratégia de policiamento”. Mais recentemente, outros gestores perceberam não apenas que o Batalhão é viável e necessário como instituíram uma chefia específica, denominada Comando Especializado, que reúne o Bope, Guarda dos Presídios, Batalhão Ambiental e o Batalhão de Trânsito.
ALECY ALVES
ALECY ALVES
Fonte: Gazeta do Parecis
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